Signo, rapé signo!
Ao tomar esse glorioso rapé lembrei-me das eternas tardes que sentado no sofá ouvia empolgado as histórias de meu velho amigo. Lembro-me dele contando sobre a sua infância no sertão do Ceará, na rica fazenda de seu avô, da casa-grande, do engenho. Engenho esse que ele tantas vezes visitou menino, animado ia com sua combuquinha pedir um pouco de garapa para o garapeiro, no fundo os bois andavam, giravam o moinho e a cana chorava seu perfeito néctar.
Ao tomar este rapé senti-me novamente na velha sala ouvindo a mesma história que pedi para ouvir tantas vezes, mais que isso encarnei a própria memória de meu avô. Eu mesmo estava no engenho tomando a garapa, sentindo o aroma do açúcar já pronto, vendo o melaço ser produzido. Emocionante.
Infelizmente, no Brasil, o rapé costuma ser vendido em estado bruto, apenas fumo picado — e, em muitos casos, é praticamente inutilizável devido à irritação que causa. Diferente disso, nossos rapés são verdadeiramente aveludados, aromáticos e elaborados com ingredientes naturais, sem adição de pós artificiais. Cada mistura é produzida seguindo as receitas mais tradicionais da Europa e das Américas, preservando a arte e a sofisticação do verdadeiro rapé clássico.